Projeto promovido pela Instável em parceria com a Rede Inducar, que se realiza entre setembro de 2020 e abril de 2022. Inspirado na “força” Coriolis, que atua e se difunde simultaneamente em múltiplas direções, o projeto visa melhorar a capacidade interna de um conjunto de organizações culturais, ao mesmo tempo que as aproxima entre si, incentiva à colaboração e trabalha a capacidade de atuação em conjunto. Pretende desenvolver hábitos de colaboração e de co-responsabilização pelo setor, pelo território e comunidades.
Este curso foi desenhado para profissionais da cultura que se debatem quotidianamente com questões essenciais da comunicação em ambiente digital. Como escolhemos as redes sociais? Qual é a real diferença entre ter um website e redes sociais? Estaremos a repetir os mesmos conteúdos em todas as plataformas? Como nos distinguimos das outras organizações? Conjugando uma abordagem prática com a exploração de bons exemplos, vamos identificar um conjunto de soluções orientadoras para os problemas mais frequentes na gestão da comunicação digital.
— Rita Tomás é Diretora de Comunicação do TBA, teatro de Lisboa dedicado às artes performativas experimentais. Antes, passou pelo Centro Cultural de Belém e fez parte da equipa do Maria Matos Teatro Municipal durante quase dez anos. Licenciada em Ciências da Cultura pela Faculdade de Letras, completou uma pós-graduação em Edição de Livros e Formatos Digitais na UCP e foi ainda bolseira Gulbenkian no mestrado em Arts Administration and Cultural Policy na Goldsmiths, em Londres. Tem lecionado cursos de Comunicação Cultural em universidades, com a Acesso Cultura e com o Forum Dança.A gestão de projetos e espaços culturais enfrenta, na atualidade, o desafio de vincular e implicar os públicos num contexto inédito de pandemia, confinamento e pós-pandemia. A massificação de plataformas digitais, o uso de redes sociais e a ampla oferta de conteúdos virtuais intensificou-se ao longo dos últimos meses, pela emergência sanitária e, no futuro, espera-se que se consolidem novos hábitos de consumo e participação cultural. Como pensar de agora em diante as estratégias de formação, fidelização e diversificação de públicos? Que possibilidades oferece o trabalho com públicos digitais? O módulo propõe rever as distintas ópticas que têm primado neste campo, analisar as disjuntivas que surgem no novo contexto e refletir sobre estratégias pertinentes para as organizações culturais no novo panorama. Formação em castelhano.
— Javier Ibacache Villalobos Crítico e programador de artes performativas especializado em projetos de desenvolvimento de públicos. Jornalista e licenciado em Comunicação Social pela Universidade do Chile. Trabalhou como crítico de teatro e dança na comunicação imprensa escrita, rádio e televisão. Impulsionador do programa “Escuela de Espectadores” no Chile (2006-2011); diretor de Programação e Públicos do Centro Cultural Gabriela Mistral, GAM, (2010-2016), e diretor de Programação do Espaço DIANA (2016-2018). Atualmente é diretor da Unidade de Programação e Públicos do Ministério de las Culturas, las Artes y el Patrimonio ( https://programacionypublicos.cultura.gob.cl/) Pertenceu ao comitê curatorial do Festival Internacional de Buenos Aires, FIBA, y de FAE Lima (Perú). Membro do Círculo de Críticos de Arte de Chile e docente em programas universitários de pós-graduação de gestão cultural e formação de públicos no Chile, Argentina e México. Diretor da edição latinoamericana da revista “Conectando Audiencias”.Implicar o público e propor novas abordagens quando não se está familiarizado com a forma artística, com os autores, intérpretes, ou até com o contexto espacial onde a obra se apresenta é um desafio com que o teatro, a dança, a música ou as galerias enfrentam. Nesta sessão, será explorado, em primeiro lugar, o desenvolvimento de novos formatos nos programas artísticos, educativos e das experiências oferecidas. Veremos como várias organizações culturais procuram, de forma criativa, outras formas de atrair públicos, gerando ações antes e depois do espetáculo, exposições ou concertos, que lhes oferecem novas portas de entrada e maneiras de enriquecer a experiência no seu conjunto com maior facilidade. Mas o mais importante, são os princípios que fundamentam os exemplos. Estabelecer um marco de trabalho que nos ajude a organizar a atividade com os públicos. Enriquece-se a oferta programática com oportunidades para interagir, saber mais ou personalizar a experiência. Aproveita-se o contexto digital para contribuir para gerar expectativa e ampliar o eco do impacto. Para isso, veremos vários casos práticos e trabalharemos sobre um modelo teórico – o “arco do compromisso (The Arc of Engagement) – desenvolvido por investigadores americanos do setor cultural Wolfbrown, que propõe aprofundar e estender o impacto das experiências que oferecemos antes, durante e depois do evento. Formação em castelhano. Formação em castelhano.
— Raúl Ramos é um apaixonado pela investigação das mudanças comportamentais do público nas artes. Com experiência nos setores da música, artes performativas e visuais, em 2010 junta-se a vários especialistas do setor cultural para fundar a ASIMÉTRICA, uma consultora especializada em gestão cultural, marketing e desenvolvimento de públicos para organizações culturais. Desde então, tem trabalhado a aproximar as artes das pessoas, com clientes como o Ministério da Cultura Espanhol, Berklee College of Music, a Orquestra e Coro Nacionais de Espanha, o Museu Rainha Sofía , o Teatro Nacional Colón de Bogotá, o GAM de Chile, o Teatros del Canal, a Rede Espanhola de Teatros e Festivais Públicos, entre outros. Dirige a Conferência de Marketing das Artes em Espanha, o mais importante encontro profissional sobre desenvolvimento de públicos e marketing cultural, que se celebra anualmente em Madrid. É diretor da revista digital “Conectando Audiencias”, especializada em marketing das artes, desenvolvimento de públicos e meios digitais.Serão os dados necessários em cultura? Serão também, para o nosso setor, o petróleo do Séc. XXI? Se o são, como é que poderemos obter valor a partir dele, se o nosso foco estiver nos públicos? Quais as fontes mais relevantes? Que partes do processo são as más críticas? Que desafios levantam na orientação de Organizações culturais e na tomada de decisões? Estas são algumas das questões que guiarão a apresentação, com exemplos concretos do uso de dados em organizações culturais diversas. Formação em castelhano.
— Ferran López é diretor de Teknecultura, consultora especializada na análise de dados e desenvolvimento de públicos para o setor cultural, responsável pelo desenvolvimento do software “Business Intelligence Teknedata”. Trabalhou e analisou públicos de Organizações Culturais muito distintas, como o Gran Teatre del Liceu em Barcelona, o festival Temporada Alta, Teatros Del Canal, Auditório de Zaragoza ou do INAEM do Ministério de Cultura de Espanha. Formador do curso Análise de dados para a Gestão Cultural da Universidade de Barcelona. Estudou Ciências Físicas na Universidade de Barcelona, Gestão de empresas culturais na Universidade Pompeu Fabra, MBA na Universitat Oberta de Catalunya e pós-graduação em Data Science na Universidade de Barcelona. Autor do “Manual para el desarrollo de audiencias, desde la proximidad” (Diputación de Barcelona, 2020).